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NaturezaTecnologia
16/05/2025
Embrapa

Semear Digital vai aliar agricultura e biodiversidade em pequenas e médias propriedades rurais em São Paulo

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Foto: C3 Ambiental

Parceria visa promover a inserção desse segmento em projetos para o mercado de carbono florestal e também pesquisas para monitoramento da biodiversidade a partir do DNA Ambiental

A Embrapa Agricultura Digital e a C3 Ambiental vão dar início, em maio, a uma parceria que busca valorizar pequenos e médios produtores rurais que mantêm a floresta em pé. A iniciativa tem como foco o bioma Mata Atlântica e vai contemplar propriedades rurais em Lagoinha e Jacupiranga, no interior de São Paulo. Os dois municípios integram o projeto Semear Digital, coordenado pela Embrapa e financiado pela Fapesp, que visa promover a adoção de tecnologias inovadoras e sustentáveis em pequenas e médias propriedades rurais.

Por meio do programa Floresta & Carbono, a C3 Ambiental busca promover ações para conservação e recuperação de matas nativas possibilitando que agricultores sejam remunerados, via mercado de carbono, pelos serviços ambientais prestados. O trabalho faz parte do BioMA Carbono, um projeto que cobre todo o bioma Mata Atlântica. Em Lagoinha, no Vale do Paraíba, atua desde 2023 e conta atualmente com 13 propriedades rurais participantes. Apesar de abrangida pela Serra Quebra-Cangalha, um dos maiores contínuos de floresta atlântica do vale, a região é caracterizada por fragmentos florestais isolados por pastagens decorrente da pecuária leiteira, principal atividade em Lagoinha.

Já em Jacupiranga, a iniciativa será apresentada oficialmente aos produtores rurais em reunião no dia 6 de junho, na Câmara Municipal, como parte da programação da Semana do Meio Ambiente. O município está localizado no Vale do Ribeira, região que guarda a porção mais preservada da Mata Atlântica paulista. Segundo levantamento do Semear Digital, Jacupiranga tem a presença de 505 estabelecimentos com atividades agropecuárias, em que se destacam a produção de banana e também de palmito pupunha.

De acordo com Débora Drucker, da Embrapa Agricultura Digital, o objetivo da parceria é contribuir com a pesquisa e o desenvolvimento de soluções que incentivem a manutenção da floresta em pé em propriedades rurais, ajudando a conservar a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos providos pela Mata Atlântica. “Essa abordagem coloca a remuneração por créditos de carbono como uma oportunidade de geração de renda para proprietários rurais em um contexto mais amplo, aliada a outras ações no sentido de promover a sustentabilidade da produção agrícola”, completa.

A proposta também contempla a oferta de capacitação de agentes multiplicadores sobre conservação e importância do uso sustentável do solo e da biodiversidade, que terá o conteúdo programático definido em conjunto com os atores interessados.

Pagamento por serviços ambientais e mercado de carbono

O bioma Mata Atlântica já perdeu grande parte de sua vegetação original e hoje possui apenas 12,4% da sua formação natural. Uma parcela significativa desses remanescentes, cerca de 80%, encontra-se em propriedades rurais privadas, demonstrando a importância de iniciativas como esta que contribuem para a proteção da biodiversidade, a melhoria da qualidade da água e do ar, o controle da temperatura, o sequestro de carbono da atmosfera, e o provimento de serviços ecossistêmicos como o de polinização e redução das emissões de gases de efeito estufa.

Além desses benefícios socioambientais, que se estendem além dos limites das propriedades rurais, a restauração e conservação das florestas podem representar uma renda alternativa para o produtor rural. O carbono florestal, estocado pela mata, é quantificado e convertido em créditos de carbono, que podem ser negociados com pessoas e empresas interessadas em compensar suas emissões. É o chamado mercado de carbono voluntário, que tem regras específicas e um processo rigoroso de certificação para garantir a transparência e rastreabilidade dos créditos gerados.

Vanessa Fuentes, diretora de Operações da C3 Ambiental, explica que pequenos e médios produtores rurais enfrentam grandes dificuldades para ingressar no mercado de carbono, principalmente devido aos altos custos e à complexidade dos processos de certificação exigidos — tanto no âmbito nacional, com a recente regulamentação iniciada pela Lei nº 15.042/2024, quanto no cenário internacional.

“Esses processos envolvem o cumprimento de metodologias específicas e auditorias independentes, o que torna inviável a participação individual desses produtores. Por isso, é fundamental que iniciativas como essa promovam a inclusão desse público”, afirma Fuentes. A C3 Ambiental adota um modelo agrupado, que permite reunir diversos produtores em uma única certificação. “Isso dilui os custos operacionais, facilita o acesso ao mercado e viabiliza a geração de créditos de carbono florestal mesmo para pequenas e médias propriedades rurais”, ressalta.

DNA Ambiental

A parceria entre Embrapa e C3 Ambiental, dentro do projeto Semear Digital, também prevê o desenvolvimento de pesquisas para uso de técnicas avançadas de avaliação e monitoramento da biodiversidade a partir do DNA Ambiental. Esta técnica consiste na coleta de amostras de solo, água e outros componentes do ambiente para extração de fragmentos de DNA de espécies que convivem naquele local. A análise do material genético ajuda a conhecer melhor a biodiversidade de determinada região e pode ser utilizada para obtenção de métricas ou indicadores que atestem a qualidade ambiental. Em regiões com atividade agrícola combinada com conservação da natureza e biodiversidade, esse indicador pode ser um diferencial, no futuro, para processos de certificação da produção, com a emergência do conceito de créditos de biodiversidade.

Sobre o Semear Digital
O Centro de Ciência para o Desenvolvimento em Agricultura Digital (Semear Digital) é um projeto financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) com a missão de atuar na pesquisa, desenvolvimento e inovação em tecnologias emergentes visando à inclusão socioprodutiva e digital de pequenos e médios produtores rurais. Lançado em 2023, estabeleceu dez Distritos Agrotecnológicos (DATs), em diferentes regiões do País, para a promoção de soluções de conectividade em áreas rurais e a inserção de tecnologias em processos de produção agropecuária.
O Semear Digital é liderado pela Embrapa Agricultura Digital e tem como instituições associadas a Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP), Instituto  Agronômico (IAC/SP), Instituto de Economia Agrícola (IEA/SP), Universidade Federal de Lavras (UFLA), Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD).

Graziella Galinari (MTb 3863/PR)
Embrapa Agricultura Digital

Contatos para a imprensa
[email protected]

Escrito por: Embrapa

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