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NaturezaTecnologia
26/06/2025
Embrapa

Livro sistematiza métodos aplicados à conservação e melhoramento genético da araucária

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Foto: Foto da capa – André Kasczeszen

A obra representa um marco para a conservação da Araucaria angustifolia e contribuirá para conservar a espécie em perigo de extinção e fortalecer pesquisas futuras

– O livro contribui de forma prática para pesquisadores melhoristas e conservacionistas, bem como na silvicultura e ecologia da espécie.

– A publicação é um legado técnico e científico que valoriza o conhecimento adquirido ao longo do tempo a respeito da araucária.

– A obra auxilia na integração de métodos de pesquisa utilizados por instituições públicas e privadas em prol da biodiversidade e é uma contribuição intelectual para promover o cultivo e a conservação da araucária com base científica, subsidiando a execução de políticas públicas.

Para quem trabalha com conservação, genética, melhoramento e silvicultura de espécies nativas, o livro “Araucaria angustifolia: métodos de coleta e amostragem de sementes, pólen, câmbio e baguetas para estudos científicos“ se mostra uma obra técnica inédita e de aplicação prática. Lançado pela Embrapa Florestas com apoio da Engie Brasil Energia, a publicação contribui para o avanço de pesquisas com a araucária, espécie símbolo do Sul do Brasil e presente na lista das espécies florestais ameaçadas de extinção.

A publicação técnica reúne métodos padronizados e validados para coleta e conservação de materiais biológicos da araucária – sementes, pólen, tecido cambial e baguetas – essenciais para pesquisas em melhoramento genético, conservação de germoplasma, silvicultura e ecologia. De forma resumida, os métodos de coleta de sementes são voltados para formação de população de base genética ampla para o melhoramento ou conservação genética. A coleta do pólen é para a conservação do germoplasma das árvores masculinas e para uso em programas de polinização controlada. Os câmbios são utilizados para a análise genética de cada árvore. Finalmente, as baguetas são destinadas a estudos de dendrocronologia. Tais assuntos são apresentados com uma linguagem clara e recursos visuais detalhados, e atende a uma demanda antiga de pesquisadores, professores, estudantes e técnicos do setor ambiental e florestal.

Sistematização do conhecimento

“Nosso objetivo foi reunir e publicar métodos praticados operacionalmente, visando preencher uma lacuna de registros técnicos para a espécie. Não havia, até então, uma obra de referência com instruções práticas e consolidadas para a coleta e amostragem de materiais biológicos de araucária, inserida em um contexto científico”, explica o editor técnico e pesquisador da Embrapa Florestas, Sérgio Ricardo Silva. O grande diferencial do livro foi compilar informações dispersas em protocolos não publicados, artigos científicos, livros técnicos e no conhecimento tácito de cientistas.

Para Silva, o livro cumpre uma missão didática e estratégica. “Esperamos que esta obra inspire novas gerações de cientistas, técnicos e agricultores para contribuírem com a conservação genética da araucária, baseada na ciência, ética e responsabilidade ambiental”.

O livro mostra o ‘passo a passo’ para estudantes de graduação e pós-graduação, pesquisadores e ambientalistas desenvolverem os métodos com segurança e eficiência, e também oferece ferramentas para que viveiristas e agricultores produzam mudas com maior vigor genético, explica Silva.

“Para nós, autores do livro, o importante é que ele seja utilizado por diversos setores interessados na conservação e melhoramento genético da araucária, de forma a incrementar o número de populações conservadas e com maior variabilidade para o enfrentamento de efeitos adversos, como o aquecimento global”, diz Valderês Aparecida de Sousa. “Com o uso destas informações sistematizadas pode-se coletar sementes de araucária com maior diversidade em locais distintos do Brasil, permitindo a formação de populações com base genética ampla”, afirma a pesquisadora.

Registro de práticas científicas

Dividido em quatro capítulos, a obra apresenta métodos padronizados e ilustrados para coleta de sementes, pólen, tecido cambial e baguetas. Segundo Silva, o conhecimento apresentado no livro é fundamental para atingir elevada variabilidade genética das mudas utilizadas em restauração ambiental e para direcionar cruzamentos em programas de melhoramento genético. “A aplicação desses métodos permitirá que tenhamos futuras populações de araucária com maior diversidade e maior capacidade de adaptação às mudanças climáticas e resistência a pragas e doenças. Estamos falando de uma base científica sólida para evitar a endogamia e o comprometimento genético das novas gerações da espécie”, destaca o pesquisador.

Dentre os métodos descritos, destaca-se o procedimento para coleta de câmbio para extração de DNA e análise genética das árvores – uma alternativa mais simples e eficaz do que o antigo método que exigia escalar árvores para coletar acículas. “Com este método, a coleta é feita na árvore a aproximadamente 1,3 m de altura, perfurando levemente o tronco e retirando o câmbio, tecido rico em DNA. Isso aumenta a eficiência das expedições de campo e reduz custos operacionais”, explica Silva.

Outra descrição se refere à padronização da coleta e manuseio do pólen, que demanda precisão devido ao curto período de liberação de pólen pela araucária. “O processo de coleta, secagem e armazenamento refrigerado do pólen é uma etapa importante nos programas de melhoramento e conservação genética. Com o método apresentado neste livro, o pólen pode ser armazenado por décadas sem perder viabilidade. Além disso, qualquer laboratório poderá replicar o método com eficácia e segurança”, completa.

Chamada à ação

Silva também faz um apelo para que empresas, universidades e instituições públicas invistam na ampliação dos programas de melhoramento e conservação genéticos da araucária, particularmente em bancos de germoplasma. “Estamos correndo contra o tempo. A araucária tem ciclos reprodutivo e de vida longos e o aquecimento global representa uma ameaça grave à espécie. Precisamos urgentemente ampliar as coletas de material biológico em todo o Sul do Brasil e instalar novos bancos de germoplasma para garantir o futuro da espécie”, diz Silva.

Importância estratégica da Araucaria angustifolia
Espécie símbolo do Sul do Brasil e atualmente classificada como “em perigo” de extinção, a araucária desempenha papel crucial na manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos da Floresta Ombrófila Mista. Seus pinhões alimentam a fauna e a cultura alimentar da região; sua madeira é histórica na indústria brasileira.Contudo, o extrativismo do século XX reduziu drasticamente as populações naturais de araucária. Por isso, a conservação da diversidade genética, existente nos remanescentes florestais, é primordial. Dessa maneira os protocolos técnicos de coleta e conservação descritos na obra representam um avanço crucial para a recuperação e manejo sustentável da espécie. Baguetas para dendrocronologia: conhecimento acessível em português
Um dos capítulos do livro se destaca por ilustrar e detalhar, pela primeira vez em português, a coleta de baguetas de araucária para estudos de crescimento e clima ‒ a chamada dendrocronologia. “Os métodos estavam dispersos e escritos principalmente em inglês, contendo termos técnicos de difícil entendimento pelo público leigo. Conseguimos traduzir, sistematizar e popularizar essa técnica. Um estudante de graduação ou técnico pode aplicá-la agora com segurança”, diz Silva, que também é autor desse capítulo.

Manuela Bergamim (MTB 1951-ES)
Embrapa Florestas

Contatos para a imprensa
[email protected]
Telefone: (41) 3675-5638 (telefone e WhatsApp)

Escrito por: Embrapa

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