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Tecnologia
16/05/2025
Embrapa

Ferramenta digital fortalece rastreabilidade da castanha-da-amazônia e impulsiona a bioeconomia na floresta

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Foto: Imagem

AgroTagMFE

Aplicativo AgroTagMFE permite mapear áreas de manejo e monitorar práticas sustentáveis, oferecendo transparência para mercados nacionais e internacionais.

Plataforma AgroTagMFE reúne dados georreferenciados sobre extrativismo de produtos florestais.

Ferramenta facilita rastreabilidade da castanha-da-amazônia e amplia segurança da cadeia produtiva.

Aplicativo de campo coleta fotos, mapas e formulários com atualização em tempo real.

Tecnologia pode atrair mercados exigentes e promover inclusão socioeconômica de famílias extrativistas.

Embrapa e parceiros ampliam funcionalidades e buscam consolidar rede colaborativa na Amazônia.

Uma nova ferramenta digital oferece rastreabilidade da castanha-da-amazônia e de outros produtos da sociobiodiversidade amazônica. Desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente, o AgroTagMFE permite mapear, registrar e acompanhar práticas de manejo florestal em tempo real, por meio de um aplicativo de coleta de dados em campo. A tecnologia, gratuita e de código aberto, integra um sistema mais amplo chamado AgroTag e visa garantir transparência e agregar valor à cadeia produtiva da castanha — um dos principais produtos da bioeconomia amazônica.

Customizado a partir da estrutura do AgroTag, o módulo MFE (Manejo Florestal e Extrativismo) foi criado para atender demandas de projetos como o “Manejo Florestal Extrativismo: criando referências para o desenvolvimento territorial na Amazônia” (MFE Amazon) e o “NewCast – Novas Soluções Tecnológicas para a Cadeia da Castanha-da-Amazônia”.

De acordo com Luciana Spinelli, pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, ele oferece formulários específicos para espécies como açaí, andiroba, babaçu, bacuri, pau-mulato, pracaxi e especialmente a castanha-da-amazônia, com destaque para a coleta de dados espaciais e temporais das áreas manejadas.

“O aplicativo permite o registro de informações com fotos, desenhos, coordenadas geográficas e dados sobre pré-coleta, coleta e pós-coleta. Tudo é sincronizado com uma interface online, onde é possível visualizar as informações por meio de mapas interativos (WebGIS), baixar relatórios e cruzar dados com imagens de satélite e outras bases geoespaciais. Com isso, a ferramenta viabiliza análises robustas sobre a sustentabilidade das áreas extrativistas, o histórico do uso da terra e as boas práticas adotadas”, explica Spinelli.

No caso da castanha-da-amazônia, a rastreabilidade tem se mostrado essencial para garantir o acesso a mercados internacionais cada vez mais exigentes, especialmente após o Brasil perder a liderança mundial na exportação do produto para a Bolívia. Desde 1998, mudanças nas normas da União Europeia sobre a presença de aflatoxinas impuseram barreiras à castanha brasileira. Enquanto a Bolívia se adaptou rapidamente, o Brasil viu sua produção com casca ser exportada e processada por empresas bolivianas.

De acordo com Patricia Costa, também pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente, hoje, cerca de 60 mil famílias da Amazônia — entre indígenas, comunidades tradicionais e agricultores familiares — dependem da castanha para sua subsistência.

“A cadeia produtiva, formada por mais de 100 organizações comunitárias e 60 empresas, representa uma das principais alternativas de renda para populações da floresta e um importante vetor de conservação ambiental. Ao valorizar a floresta em pé e evitar o desmatamento, a castanha também contribui para a regulação climática e o sequestro de carbono”, acredita Costa.

Com o AgroTagMFE, pesquisadores e produtores ganham uma ferramenta que não apenas organiza dados, mas oferece provas consistentes sobre a origem e a qualidade do produto, promovendo a ética, a sustentabilidade e o comércio justo. Além disso, o sistema evita a perda de informações durante o processo de coleta, ao operar com dados digitais que são enviados diretamente a um servidor online.

Outra inovação incorporada à ferramenta, destaca o pesquisador Luiz Vicente, da Embrapa Meio Ambiente, é a utilização de espectroscopia de reflectância para a análise da composição físico-química das amostras de castanha. A técnica, que usa radiação eletromagnética para detectar propriedades do alimento, reduz custos e resíduos laboratoriais e tem sido usada com sucesso em cadeias como a da soja. “Combinada aos dados georreferenciados do Agrotag, essa abordagem fortalece a comprovação da origem e da sanidade do produto — algo fundamental para reocupar espaços no comércio exterior”, enfatiza Vicente.

As melhorias no sistema continuam. Estão previstas novas funcionalidades, como áreas de trabalho independentes para grupos parceiros e a ampliação da rede de usuários, fortalecendo a colaboração entre instituições, comunidades locais e pesquisadores. “A rastreabilidade é um caminho sem volta para os produtos da sociobiodiversidade. A transparência na produção gera confiança no mercado e mais renda para quem está na base da cadeia”, afirma Spinelli.

O uso estratégico do AgroTagMFE se insere em um contexto mais amplo de fortalecimento da bioeconomia na Amazônia — modelo de desenvolvimento que aposta no uso sustentável da biodiversidade como motor econômico e social. Com a castanha-da-amazônia como símbolo desse movimento, o Brasil busca recuperar seu protagonismo e transformar a floresta em uma aliada do progresso.

Cristina Tordin (MTB 28499/SP)
Embrapa Meio Ambiente

Contatos para a imprensa
[email protected]
Telefone: 19992626751

Escrito por: Embrapa

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