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Natureza
08/05/2025
Embrapa

Evento no litoral do Paraná discute o futuro da palmeira juçara

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Foto: Luis Froufe

Entre 14 e 16 de maio, a Embrapa Florestas e a Universidade Federal do Paraná (UFPR) promovem, no litoral do Paraná, O I Seminário Brasileiro da Palmeira Juçara em Sistema Agroecológico, um evento dedicado à palmeira juçara (Euterpe edulis), espécie nativa e símbolo da Mata Atlântica. O evento reunirá gestores públicos, agricultores, pesquisadores, representantes de comunidades tradicionais, e organizações da sociedade civil para discutir estratégias de conservação e uso sustentável da palmeira juçara, aliando geração de renda para a agricultura familiar e comunidades tradicionais, segurança alimentar e restauração ecológica. O evento será exibido pelo canal da Embrapa no youtube.

A programação inclui mesas de debate e palestras com foco em temas como a importância ecológica da palmeira juçara, os desafios legais para comercialização de seus produtos, e os avanços de pesquisas e experiências comunitárias em sistemas agroflorestais sucessionais (agroflorestas) que incluem a palmeira juçara em seu ciclo produtivo. Um dos destaques será a apresentação de casos concretos de comunidades que já transformaram a juçara em fonte de alimento e renda – como grupos do Vale do Ribeira que processam toneladas de polpa por ano. Também será discutida o manejo dos plantios da palmeira juçara e a produção de palmito de juçara, além de propostas de políticas públicas que desburocratizem o manejo sustentável da planta.

O pesquisador Carlos Eduardo Seoane, da Embrapa Florestas, que coordena iniciativas na região há quase duas décadas, enfatiza que a proposta do evento é construir caminhos entre o conhecimento técnico-científico e os saberes locais. “O evento busca ampliar o diálogo entre ciência, políticas públicas e saberes tradicionais. A palmeira juçara está no centro de uma agenda que envolve biodiversidade, economia solidária e soberania alimentar. O seminário será um espaço para construir soluções concretas, que fortaleçam quem vive em harmonia com a Mata Atlântica”, afirma.

Segundo explica o analista da Embrapa Florestas Emiliano Santarosa, a estratégia é dar continuidade às pesquisas junto aos parceiros na região, como a Universidade e a Extensão Rural, para fins de gerar indicadores técnicos e recomendações que envolvam Sistemas Agroflorestais, sendo uma alternativa para diversificação, geração de renda, além dos benefícios sociais e ambientais. “No seminário técnico vamos apresentar e discutir junto com os parceiros as experiências e estratégias importantes envolvendo a Palmeira Juçara, assim como a troca de conhecimentos técnico-científicos sobre práticas sustentáveis de produção e conservação para a Mata Atlântica”, explica.

Dados das pesquisas conduzidas por Seoane e colaboradores demonstram que as agroflorestas  no Vale do Ribeira, onde a palmeira juçara é plantada e manejada junto com outras espécies, são eficazes tanto na restauração ecológica de áreas degradadas quanto na melhoria das condições de vida de agricultores familiares. “Esses sistemas atingem indicadores exigidos por legislações de restauração ecológica e ainda são economicamente viáveis, especialmente nas fases iniciais”, explicou Seoane, referindo-se a estudos publicados pela Embrapa entre 2021 e 2023.

Apesar do potencial, Seoane alerta para os entraves. “Na fase arbórea dos sistemas, quando o sistema tem potencial de produzir madeira e palmito de juçara, a legislação ambiental não ajuda. O agricultor quer fazer certo, mas a burocracia impede. Falta um olhar mais atento para a agrofloresta que restaura a Mata Atlântica, dá comida e renda”. 

Polpa de juçara: um potencial ainda subaproveitado

Além das questões legais, o seminário também abordará aspectos práticos do aproveitamento da palmeira juçara, como o processamento da polpa – que, semelhante ao açaí, tem alto valor nutricional e sensorial. Segundo o pesquisador, iniciativas comunitárias já processam centenas de quilos de frutos por ano, mas enfrentam dificuldades na logística e na regulamentação sanitária:

“A polpa da juçara pode ser tão estratégica quanto a do açaí. Já temos tecnologia e qualidade. Precisamos agora de políticas que não nos tratem como exceção, mas como solução”, enfatizou Seoane.

A expectativa é que, ao final do evento, sejam consolidadas propostas para políticas públicas voltadas à produção sustentável da palmeira juçara, com desburocratização de normativas, apoio técnico e estímulo à pesquisa participativa. O seminário também visa fortalecer cadeias locais de valor e gerar subsídios para uma estratégia de conservação da palmeira juçara que alie biodiversidade, dignidade e permanência no território.

Manuela Bergamim (MTb 1951-ES)
Embrapa Florestas

Contatos para a imprensa
florestas.imprensa@embrapa.br
Telefone: 41-3675.5638 (tel e whatsapp)

Escrito por: Embrapa

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