Estudantes de escola do Baixo São Francisco adentram reserva de Mata Atlântica – RPPN do Caju
O campo experimental da Embrapa Tabuleiros Costeiros em Itaporanga d’Ajuda, no Litoral Sul de Sergipe, recebeu, em abril, estudantes de mais três escolas de municípios do Baixo São Francisco Sergipano.
As visitas marcaram a continuação do do projeto ‘Saberes, tecnologias sociais e biodiversidade no bioma Mata Atlântica em Sergipe’, iniciado em 2024 e que conta com recursos do CNPq, sob liderança da analista de Transferência de Tecnologia Raquel Fernandes.
Estudantes, professores e professoras conheceram de perto as belezas da Mata Atlântica e tecnologias sustentáveis de base ecológica para a agricultura no campo da Embrapa, que a abriga a Reserva Natural do Caju, unidade de conservação permanente.
No dia 3, o campo recebeu a Escola Estadual Otávio Bezerra, do povoado Ladeirinhas, em Japoatã. No dia 16, foi a vez das turmas do Colégio Estadual Professor Antônio Calixto, do povoado Serrão, em Ilha das Flores. No dia 30, visitaram turmas do Centro Educacional Quilombola 3 de Maio, do povoado Brejão, em Brejo Grande.
Confira aqui o álbum completo com fotos das três visitas
Na trilha por dentro da Reserva do Particular do Patrimônio Natural (RPPN) do Caju – um berço de biodiversidade da Mata Atlântica com cerca de 700 hectares – as turmas viram de perto uma grande variedade de espécies vegetais e animais nativas e achados arqueológicos de tribos originárias Tupinambá, além de interagir com pesquisadores e equipes de campo, que apresentaram cada detalhe da reserva, tiraram dúvidas dos estudantes e professores.
Após a trilha, os visitantes passaram pelos bancos de conservação genética de coco e mangaba mantidos no campo experimental.
À beira do rio vaza-Barris, que banha a região da Reserva, foi o momento de ver de perto e interagir com o manguezal, com o morador Salvador Narciso, nascido e criado na região, que já prestou serviços no campo da Embrapa no passado e é um profundo conhecedor das plantas, animais e toda a riqueza ecológica da área.
Salvador mostrou a importância de conhecer e preservar o manguezal, o grande berçário da vida costeira. As turmas puderam entender mais sobre o processo de queda das sementes e crescimento das diferentes plantas denominadas mangues, e viram de perto algumas espécies de crustáceos nativos, como aratus, siris, guaiamuns e gorés.
A equipe técnica do campo apresentou e tirou dúvidas sobre as as soluções sustentáveis nas estações tecnológicas – minhocultura e vermicompostagem; biofertilizante líquido BioGeo; fossa séptica biodigestora.
Saulo Coelho (MTb/SE 1065)
Embrapa Tabuleiros Costeiros
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