Autarquia oferece atendimentos gratuitos, promove bem-estar e prepara aposentadoria com dignidade
17/07/2025 | Assessoria de Comunicação – Empaer/MT
Foto – Reprodução Empaer/MT
Após 60 anos do surgimento do serviço de extensão rural do Estado, servidores passam a contar com políticas voltadas à saúde física e mental do trabalhador. As medidas foram implementadas por meio da criação do Comitê Intersetorial de Saúde e Segurança do Trabalho, instituído pela Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em parceria com a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf). A iniciativa beneficia servidores das duas instituições.
A secretária de Estado de Agricultura Familiar, Andreia Fujioka destaca o papel estratégico da iniciativa para o fortalecimento das instituições públicas. “Cuidar da saúde física e mental dos servidores é fundamental para garantir a continuidade e a qualidade do serviço prestado à população. A política implantada na Empaer é um avanço que demonstra nosso compromisso com a valorização humana no serviço público”, afirma.
Desde a instalação do comitê, em outubro do último ano, os servidores passaram a ter acesso gratuito a atendimentos com psicólogo, psiquiatra, nutricionista e endocrinologista. Também são oferecidos exames de bioimpedância, que analisam a composição corporal ao medir a quantidade de massa magra (músculos e ossos) e massa gorda (gordura corporal).
A política de Estado é estruturada em quatro eixos voltados à valorização e à saúde física e mental dos servidores e aborda temas como o risco de suicídio e a Síndrome de Burnout, também conhecida como Síndrome do Esgotamento Profissional, caracterizada por exaustão extrema, estresse e esgotamento físico causados por ambientes de trabalho desgastantes, especialmente entre profissionais sob constante pressão.
“Temos dois psicólogos, assistente social e educador físico. O servidor interessado deve, num primeiro momento, procurar o Comitê Intersetorial de Saúde e Segurança do Trabalho. Depois, informaremos o dia e horário da consulta na plataforma”, explica a psicóloga Soyanne Almeida Santana, analista administrativa responsável pela implementação do comitê.
Embora os benefícios se estendam aos servidores da Seaf, a iniciativa tem impacto principalmente sobre a Empaer, empresa de economia mista vinculada à secretaria, mas regida pelo regime celetista. A autarquia está em processo de reestruturação de manuais, procedimentos e padronizações, além da modernização tecnológica. “Nunca houve, nesses 60 anos da Empaer, nenhuma ação, tratativa ou diretriz para tratar da saúde do servidor”, destaca Soyanne. Ela também aponta que o número de afastamentos por saúde é elevado, principalmente devido à morosidade no atendimento do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). “Estamos regularizando a situação”.
O presidente da Empaer, Suelme Fernandes, elogia a atuação do comitê e ressalta a importância das políticas implementadas para a redução de atestados médicos e o aumento da produtividade. “Percebemos o quanto de injustiça com o servidor e prejuízo ao serviço público já houve por falta de instrumento para lidar com problemas de saúde mental, de saúde geral da própria empresa, enfim, da falta de monitoramento da saúde dos funcionários. Então esse é um ganho muito importante”, afirma.
Outro trabalho relevante do comitê é a educação para aposentadoria, motivada pela constatação de que muitos servidores já têm tempo de contribuição, mas não conseguem se aposentar sem comprometer a renda familiar, devido ao teto do INSS. “Eles já estavam comprometidos fisicamente, mas não se aposentavam pela defasagem salarial. Ao longo dos 30 ou 35 anos de trabalho, não se prepararam para a aposentadoria. Hoje fazemos um trabalho nesse sentido”, informa Soyanne.
Entre as ações de reestruturação da Empaer, está também o plano de aposentadoria voluntária humanizado. “Explicamos todo o processo, as consequências, para que o servidor não se aposente de forma desprevenida e não seja pego de surpresa no futuro, como aconteceu anteriormente na Empaer”, reforça a psicóloga.
A história da Empaer tem origem em 1964, com a criação da Associação de Crédito e Assistência Rural de Mato Grosso (Acarmat), marco inicial da extensão rural no Estado. Em 1976, a Acarmat foi substituída pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), vinculada à então Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), responsável por executar a política de extensão rural.
Em 1992, a Empaer foi criada a partir da fusão da Emater com a Empresa de Pesquisa Agropecuária (Empa) e a Companhia de Desenvolvimento Agrícola (Codeagri), das quais é sucessora. Atualmente, a Empaer é uma empresa pública estadual, com personalidade jurídica instituída pela Lei Complementar nº 461, de 28 de dezembro de 2011, e vinculada à Seaf.
