O projeto prevê a contratação de 100 agentes comunitários de assistência técnica – jovens moradores da própria comunidade rural ou do entorno onde atuam
13/11/2025 | Assessoria de comunicação – Empaer/MT
Reprodução – Empaer/MT
A Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) vai ganhar um importante reforço no número de extensionistas para a execução do MT Produtivo, programa lançado na tarde desta quinta (6), pelo Governo de Mato Grosso. Com investimento total de US$ 100 milhões na agricultura de pequena escala, sendo US$ 80 milhões financiados pelo Banco Mundial e US$ 20 milhões de contrapartida do Estado, o programa prevê a contratação de 100 agentes comunitários de assistência técnica – jovens moradores da própria comunidade rural ou do entorno onde atuam.
Outro benefício é que tanto os técnicos da empresa como os agentes comunitários vão receber formação do MT Produtivo, além de acompanhamento sistemático e supervisão, com a expertise do Banco Mundial. “A capacidade operacional de trabalho da Empaer vai aumentar substancialmente”, ressalta o diretor-presidente do órgão, Suelme Fernandes.
Ele informa que será realizado processo seletivo de assistência técnica complementar. “Vamos reforçar o nosso time de assistência técnica exatamente vocacionado para o MT Produtivo”.
Suelme avalia que o programa é um divisor de águas na agricultura familiar. “A expectativa é grande de que a gente possa finalmente virar a chave, que Mato Grosso passe a contar com uma diversidade produtiva que atenda não só as grandes propriedades, mas também as pequenas. Isso é justiça social”, pondera.
A Empaer é parceria da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar, executora do projeto. O MT Produtivo, previsto para ser executado entre 2025 e 2030, estabelece apoio e financiamento para nove mil subprojetos elaborados e implementados pelas associações e cooperativas, regularização fundiária dos estabelecimentos de 1.907 famílias, em 35 assentamentos estaduais situados em seis municípios.
Também prevê regularização ambiental, com emissão de Cadastro Ambiental Rural (CAR) validado dos estabelecimentos de 11 mil famílias, melhoria da qualidade e eficiência dos processos de regularização fundiária e ambiental em todo o Estado, com inclusão da agricultura de pequena escala, adoção de medidas pelos produtores para reduzir a incidência de incêndios florestais e prevenção ao desmatamento em áreas de agricultura familiar e povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais (PIQCTs).
Assessor especial da Diretoria de ATER e ponto focal do programa na Empaer, José Ricardo Brito avalia que o MT Produtivo inaugura a fase business na agricultura de pequena escala de Mato Grosso. “Começa uma visão mais de negócio realmente do que só um projeto para um empréstimo do banco na captação de um pequeno recurso. O impacto do programa para as ações conduzidas pela Empaer é de alto valor para a agregação nas atividades das organizações produtivas, nas associações cooperativas e no dia a dia do extensionista”.
Na avaliação dele, os principais benefícios gerados pela parceria são o ganho em conhecimento das melhores práticas de ATER pelo mundo e a capacitação dos extensionistas com metodologia internacional.
Impacto positivo
Para o prefeito de Diamantino, Chico Mendes, apoiar a agricultura familiar mostra que o Governo enxerga longe. “Temos que valorizar o homem do campo. Esse incentivo, de US$ 100 milhões vai beneficiar 15 mil famílias, no mínimo. A visão diferenciada do Governo do Estado, do Banco Mundial, de acreditar em Mato Grosso valoriza o pequeno produtor e é motivo de orgulho para nós”, frisa o prefeito.
Prefeito de Nova Santa Helena, Paulinho Bortolini frisa que o município possui Termo de Cooperação com a Empaer, que, segundo ele, “participa ativamente da produção rural na região”.
Ele destaca o papel do Governo de Mato Grosso no fomento à agricultura de pequena escala. “Recebemos equipamentos, máquinas, tratores e calcareadeira para fomentar a produção. O programa MT Produtivo vai proporcionar a melhoria de vida do pequeno produtor lá do nosso município”. Nova Santa Helena conta com aproximadamente 300 famílias que sobrevivem da agricultura de pequena escala.
