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06/05/2025
Embrapa

Embrapa debate tecnologias para maracujá irrigado no Piauí

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Foto: Stefanne O’hana

Pesquisador Fábio Faleiro ministra palestra sobre aspectos tecnológicos na produção de maracujá

Os diversos aspectos do cultivo de maracujá irrigado foram apresentados em seminário realizado pela Embrapa Meio-Norte, neste dia 6 de maio. O evento foi o primeiro de uma série de outros que serão promovidos no âmbito do Projeto ProFruti esse ano. A programação constou de palestra ministrada pelo pesquisador da Embrapa Cerrados, Fábio Faleiro, sobre “Aspectos tecnológicos da produção de maracujá” e de mesa-redonda com apresentações de pesquisadores da Embrapa e da Universidade Federal do Piauí (UFPI). 

Durante a abertura do seminário, o pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Valdemício Ferreira, que lidera o projeto, falou sobre a importância do maracujá para a fruticultura nacional. “No entanto, a cultura enfrenta alguns problemas que têm levado o produtor a desistir do cultivo. O projeto visa melhorar este cenário”, explicou. O chefe-geral da Embrapa Meio-Norte, Anísio Lima Neto, destacou o caráter de transferência de tecnologia do projeto e enfatizou a importância de fazer o conhecimento chegar ao produtor. A opinião é compartilhada pelo diretor técnico-científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), Pedro Antônio Soares Júnior, que ressaltou a estreita relação da Embrapa com a Fundação e com o governo do Estado para buscar soluções para a agropecuária no Piauí. “A Fapepi e a Embrapa estão de braços dados para melhorar a vida do piauiense”, afirmou. 

O ProFruti é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (Fapepi), com apoio da Câmara Setorial Estadual de Fruticultura, e tem como objetivo adaptar e transferir tecnologias de cultivo, manejo, produção e agregação de valor às fruteiras tropicais, visando o desenvolvimento integrado e sustentável com inovação no Piauí.

Avanços tecnológicos 

De acordo com o pesquisador Fábio Faleiro, existem mais de 500 espécies de maracujá na natureza. Mais de 200 dessas espécies podem ser encontradas no Brasil e cerca de 70 delas são comestíveis. Em todo o país, mais de 50 mil produtores se dedicam ao cultivo do maracujá. A Embrapa possui um programa de melhoramento genético de maracujá desde a década de 90 e tem trabalhado para desenvolver cultivares com características de interesse como alta produtividade, resistência à doenças, qualidade dos frutos, entre outras.  Para utilizar sementes de qualidade, cuja importância foi enfatizada durante o seminário, técnicos e produtores podem entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC) da Embrapa e pedir indicações de onde encontrar sementes certificadas.

O manejo da água e a eficiência hídrica foram os temas abordados pelo pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Aderson Andrade Júnior. Ele apresentou o conceito de produtividade da água que é, basicamente, uma forma de medir a eficiência com que esse recurso é utilizado, ou seja, o quanto foi produzido e com que quantidade de água. Andrade Júnior falou sobre maneiras de melhorar essa eficiência: utilizando cobertura de solo com palhada, adotando variedades mais eficientes no uso da água, usando cultura de cobertura e irrigação deficitária. Entre os desafios na busca dessa eficiência estão o alto custo inicial das tecnologias, a necessidade de avanços em pesquisa e inovação em Inteligência Artificial para irrigação e de capacitações técnicas, além de políticas públicas voltadas para a irrigação eficiente.

A fusariose é o principal problema enfrentado pelos produtores de maracujá. É uma doença grave, causada por fungo, que pode levar à murcha e à morte da planta. “Há produtores que abandonaram a cultura do maracujá por esse problema”, afirmou o pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Candido Athayde Sobrinho. Ele explicou que os agricultores devem estar atentos à acidez e à umidade do solo, suscetibilidade da planta e evitar manejos que facilitem o estabelecimento da doença. O pesquisador relatou a experiência com a ocorrência de fusariose nas unidades demonstrativas do ProFruti e como está sendo o manejo. Entre as recomendações aos produtores ele citou o plantio em áreas sem ocorrência de nematóides, utilização de mudas credenciadas, irrigação e adubação para evitar estresses para as plantas e o uso de nematicidas.

A despeito de todo o potencial econômico do maracujá, o Piauí possuía, até 2023, segundo dados do IBGE, apenas 15 hectares de maracujá. “Isso é uma grande oportunidade para quem quer produzir essa fruta no estado”, afirmou o pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Sérgio Vilela, que falou sobre aspectos econômicos e mercadológicos do maracujá para os participantes do seminário, abordando os tipos de mercados que podem ser acessados e a necessidade de o produtor conseguir volume, regularidade e qualidade na produção. Vilela destacou pontos negativos do cultivo no Piauí como a falta de assistência técnica, baixo nível de tecnologia e desorganização da cadeia produtiva. Mas, também citou pontos favoráveis como o clima, a expansão de perímetros irrigados e programa de incentivo à fruticultura. O pesquisador ressaltou ainda que é importante pensar estrategicamente e ter um plano de negócio. 

A programação foi encerrada com apresentação sobre os avanços tecnológicos do maracujá, feita pelo professor da UFPI, Gustavo Pereira. Ele apresentou um estudo realizado com oito variedades de maracujá na região Centro-Norte do Piauí e afirmou que o estado tem potencial para ser um dos maiores produtores de frutas do país. 

Nesta quarta-feira, 7 de maio, será realizado o seminário “Novas tecnologias e inovação para a fruticultura piauiense”, no auditório da Embrapa Meio-Norte (UEP-Parnaíba), a partir das 8 horas até as 16h30. A palestra “Projeto ProFruti: tendências e desafios atuais para a fruticultura piauiense”, ministrada pelo pesquisador Valdemício Ferreira iniciará a programação, que também terá visita técnica às Unidades de Referência Tecnológica (URTs) de Maracujá no DITALPI. 

Adriana Brandão (MTb 01067/CE)
Embrapa Meio-Norte

Contatos para a imprensa
[email protected]

Escrito por: Embrapa

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