As unidades demonstrativas foram implementadas em parceria pela Emater-MG, Epamig, Universidade Federal de Lavras (Ufla) e prefeituras.
08/04/2025 | Assessoria de Comunicação – Emater/MG
Foto – Reprodução Emater-MG
Belo Horizonte (8/4/2025) – Em abril, a Emater-MG e a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) apresentaram os resultados das unidades demonstrativas de arroz de sequeiro implantadas em novembro de 2024, na Zona da Mata Mineira. Nos municípios de Olaria, Lima Duarte e Santana do Garambéu, produtores, pesquisadores e técnicos avaliaram a produtividade das cultivares testadas e discutiram estratégias para fortalecer a produção local. Os encontros reforçaram o potencial da cultura na região.
As unidades demonstrativas foram implementadas em parceria pela Emater-MG, Epamig, Universidade Federal de Lavras (Ufla) e prefeituras. Cada uma possui 500 m² para o cultivo das variedades de arroz AN Cambará, CMG 1590, A502, A503, Caçula, Aromático e Elite.
Para verificar a produtividade das cultivares, foi adotada uma metodologia específica durante a colheita. O processo envolveu a medição da área, a pesagem dos grãos e a aplicação de um fator de correção, que considerou a umidade elevada dos grãos no momento da colheita e a presença de impurezas, como palha e pequenos galhos.
Os resultados superaram as expectativas iniciais. A projeção era de aproximadamente 3 toneladas por hectare, mas todas as cultivares testadas ultrapassaram 5 toneladas por hectare. “O arroz Aromático, uma das cultivares testadas, atingiu cerca de 8,15 toneladas por hectare, enquanto a cultivar CMG 1590 alcançou 10 toneladas. Em contrapartida, a variedade crioula, cultivada tradicionalmente na região, teve um rendimento significativamente menor de apenas 1,2 tonelada por hectare”, disse o coordenador regional de Culturas da Unidade Regional da Emater em Juiz de Fora, Marco Aurélio Moreira.
Na unidade demonstrativa implantada em Santana do Garambéu, uma das localidades mais elevadas da região, ocorreu maior incidência de grãos com qualidade inferior devido à variação térmica. Entre as cultivares testadas, a CMG 1590 se destacou como a mais resistente.
Apesar dos bons resultados, alguns desafios foram observados. Em Lima Duarte houve invasão de capivaras em uma das unidades implantadas e danos causados por pássaros. No entanto, não ocorreram infestações graves de pragas ou doenças.
O coordenador, Marco Aurélio, e a pesquisadora da Epamig, Janine Guedes
A pesquisadora da Epamig, Janine Guedes, ressaltou a importância da parceria entre as instituições para fortalecer a agricultura familiar. “Essa parceria foi fundamental porque visou exclusivamente os produtores. Quando a Epamig entra com a pesquisa, a Emater entra com a extensão, a universidade entra com os recursos humanos e a prefeitura com o incentivo e apoio, beneficia muito os produtores. Pesquisa e extensão juntas são capazes de fortalecer muito a agricultura familiar”, destacou.
Em Olaria, cerca de 40 pessoas visitaram a propriedade de Vicentina Benta Silva de Oliveira, onde fica uma das unidades demonstrativas. “No começo, achei que não ia dar nada, mas, no final, vi que o resultado foi muito bom. Agora quero plantar muito mais”, contou. Vicentina planeja plantar arroz este ano para comercializar no Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e em feiras livres. Ascom Emater-MGEstagiária/jornalismo: Maria Teresa Corrêaornalista responsável: Sebastião Avelare-mail: [email protected]: 31 3349-8132/8096Foto: Emater-MG Divulgaçãowww.emater.mg.gov.brfacebook.com/ematerminas